Sabemos que muitas vezes, o primeiro lugar que uma pessoa sofre com a LGBTfobia é dentro da sua própria casa. Escutando comentários desde criança, como "isso é coisa de menina/menino", "tá parecendo uma menininha", "esse cabelo curto te deixa com cara de menino" entre outros mais pesados que prefiro nem reproduzir aqui.
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É muito comum que essas pessoas, conforme vão crescendo e se tornando adultos, vão se afastando do convívio da família (muito quebram o vínculo permanentemente). Mas com as festas de fim de ano, chega o momento de ter que lidar com essa família que, mesmo muitas vezes sem querer, tem falas e comportamentos LGBTfóbicos e que ferem essa pessoa.
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Quero agora falar com os FAMILIARES: estejam atentos para suas falas, expressões faciais e comportamentos. São coisas sutis, que você nem percebe, ou que acha que é brincadeira que vão gerar sofrimento na pessoa que você ama e trazer consequências para a autoestima, autoconfiança, para o amor próprio e para a forma como essa pessoa age ao longo da sua vida. Reconheça essa pessoa por inteiro, por quem ela é, pela forma como ela se expressa e por como ela se identifica. Nada disso muda a pessoa que ela é e as qualidades que possui. Se perceber alguma pessoa sendo LGBTfóbica, se posicione! O silêncio também fere.
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Agora quero conversar com você, pessoa que faz parte da comunidade LGBTQIAPN+ e que sente ansiedade, insegurança, desconforto ou qualquer outro sentimento diante da possibilidade de encontrar sua família nesse fim de ano. Você é incrível do jeitinho que você é! Sua sexualidade, identidade de gênero ou expressão de gênero não tornam você menor que ninguém. Se fortaleça o máximo possível antes de estar nesse ambiente aversivo. Se possível, tenha com você uma pessoa que te passa segurança e te acolha (a famosa rede de apoio). Caso sinta, mesmo se fortalecendo e com uma rede de apoio, que ainda está muito difícil estar presente nesse contexto, não esteja! Se dê ao direito de sair e de não ter que ficar ouvindo ou vendo comentários e ações que te ferem.
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Respeito, empatia e acolhimento é o mínimo que qualquer pessoa merece. Vamos exercitá-los!
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