Hoje venho trazer pra vocês mais uma indicação e preciso dizer que essa tem um lugar especial no meu coração! É a série do Netflix Atypical. Ela conta a história do Sam que é um jovem de 18 anos que tem o Transtorno do Espectro Autista de alta funcionalidade.
O Transtorno do Espectro Autista (TEA) inclui vários distúrbios que podem acarretar em comportamentos repetitivos e dificuldade de comunicação e interação. Pode ser que a pessoa com TEA tenha uma hipersensibilidade sensorial em alguns dos cinco sentidos. As características mais marcantes de indivíduos com TEA é a dificuldade de se comunicar com outras pessoas, de entender ironias, de expressar seus sentimentos e até de perceber e entender os sentimentos das outras pessoas - características que são bastante exploradas pela Série através do personagem Sam.
Os pesquisadores e estudiosos da área ainda não encontraram exatamente a causa desse Transtorno e também não existe uma cura. Porém existem formas bastante eficazes de se trabalhar com esses indivíduos de forma a minimizar os prejuízos que acompanham esse Transtorno e ensinar algumas habilidades sociais que podem ajudar em suas interações. Normalmente, a intervenção precisa ser multidisciplinar a depender do paciente e quando falamos em Terapia a mais indicada para tratar esse Transtorno é a Análise Aplicada do Comportamento, que tem como embasamento científico e filosófico o Behaviorismo Radical, proposto por B.F. Skinner - posso falar mais sobre essa abordagem em outros posts se vocês quiserem.
Agora falando um pouco mais sobre a série, ela mostra de forma leve, sensível e muitas vezes engraçada o dia a dia de um jovem com TEA que está buscando desenvolver novas habilidades com ajuda da sua terapeuta e seu amigo afim de encontrar uma namorada. No meio disso tudo você tem uma mãe superprotetora, um pai que tem dificuldades de se relacionar com Sam e uma irmã mais velha que cuida dele em algumas situações.
Uma das críticas que li sobre essa série dizia a respeito do estereótipo que as pessoas tem sobre crianças autistas. Muitas vezes as pessoas imaginam uma criança que não fala, não olha nos olhos, pouco interage e faz movimentos repetitivos e estereotipados. Algumas crianças com o TEA podem apresentar esse tipo de comportamento, mas Sam não demonstra esse tipo de comportamento por ser um Autista de Alta Funcionalidade. As dificuldades de Sam devido ao TEA são outras, porém tão relevantes como qualquer outra característica.
Vou deixar o Trailer da Série para vocês assistirem e espero que gostem da indicação. Se você já assistiu essa Série me conta nos comentários o que você achou.
@psi.marianamateus
Psicóloga Mariana Mateus
CRP: 08/23290
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